Gosto de me sentar a ouvir o silêncio que o Universo proporciona. Tudo o que está à volta é esquecido e torna-se mais fácil penetrar num mundo interior só meu. Embrenho-me em pensamentos que não me levam a lugar nenhum, mas que são agradáveis de pensar. Ocupo o tempo com nada...apenas o vazio. A dor é esquecida e a felicidade ganha outra forma de ser sentida. Os sentidos deixam de existir, porque neste pedaço de inconsciente não preciso de ver ou ouvir ou cheirar ou saborear. O corpo é elevado e levado a um nível superior, mas o esforço é nulo... Os pés não tocam o chão e o lugar habitado já não é o mesmo. O hediondo passa a não existir e tudo é mais fácil de suportar. Em poucos instantes, minutos que o tempo vai contando, o que era já não é e tudo se transforma, de uma forma que não tem que ser compreendida. O importante é o que acontece e não a razão porque acontece. Assim, o inconsciente dá lugar a uma consciência muito mais leve e simples de suportar. Um momento que à
há pouco era só meu, passa a dizer respeito ao todo que me rodeia. Num ápice, todos os órgãos sensoriais tomam a sua função e a preocupação já faz sentido...era importante que todos se embrenhassem de vez em quando.
há pouco era só meu, passa a dizer respeito ao todo que me rodeia. Num ápice, todos os órgãos sensoriais tomam a sua função e a preocupação já faz sentido...era importante que todos se embrenhassem de vez em quando.
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