Ele e ela

"Chegava sempre com um sorriso nos lábios, acompanhado de uma ou outra surpresa, sempre cheio de vontade de a agradar. Aparecia de madrugada, se fosse preciso, só para poderem dormir juntos e, assim, senti-la mais próxima. Ela entregava-se aos poucos, como se não pudesse confiar no amor que ele demonstrava, e ele, por sua vez, multiplicava-se em programas e passeios a dois, como se tivesse desesperadamente, de provar ou compensa-la por alguma coisa.
Durante o dia trocavam carinhos e encontravam-se sempre que podiam. Quando se encontravam, ele tecia-lhe um elogio que a derretia, mas nunca completamente. Aos fins-de-semana, os almoços em boa companhia ,e ele sempre com os olhos brilhantes, cheios de orgulho por tê-la ao seu lado. Ela, meio envergonhada, via nele a sua cara-metade e todos sorriam ao vê-los assim tão cúmplices.
E assim se passaram meses, com um pé atrás e muitos momentos quase perfeitos.
Um dia, ela começou a perceber que por trás de cada surpresa havia um pedido de desculpas implícito e até hoje não compreende como é q ele conseguiu mentir-lhe tantas vezes..."

Gostava de poder falar-vos do meu dia, da rotina nesta cidade linda que às vezes nos pode sufocar tanto, mas não consigo, pelo menos por enquanto.

Tenho andado por aí a tentar colar os pés à terra e deixá-los bem fixos por uns tempos, mas nem sempre é fácil vir lá de cima, onde tudo está meio indefinido, para permanecer bem firme neste plano tão mais real e palpável. E como isso ainda não foi possível, não consigo sequer descrever os episódios que se têm vindo a desenvolver à minha volta...Vejo o sol, o rio, as pessoas sempre em stresse, as amigas sempre por perto, as cores dos dias de Primavera, a Vilma, a casa nova na rua do Olival, as árvores que crescem e se vão adornando para condizer com a estação e os dias que passam com sorrisos bonitos!

No meio de tudo isto só queria sentir a essência das coisas, poder tocar-lhes, sentir os cheiros, estar mais no plano das coisas vividas e vivê-las, com alegria e genuinidade.

Rei Sol

Hoje fez sol e sorriu-se muito, apesar da angústia que teima em apertar o peito até à exaustão, hoje o peito aguentou e agradeceu ao sol por ter aparecido, porque os dias cinzentos não andavam a ajudar muito. A hora em que esteve parado no trânsito dentro de um túnel também não ajudou muito, mas com dias brilhantes assim, até a alma fica mais quente e liberta todos os pensamentos que ocupam demasiado espaço há tempo demais!

Obrigada Sol!

Adoro

Renovado

Pois é, ofereço-vos um blog renovado, que pretende mais coisas do dia-a-dia e sempre muita partilha!
Tenham um óptimo dia e como diz a Marie Fleur, muita brisas de ar fresco.

Coisas que ficam