Live your life! Be free!

09 novembro, 2007

Chega-me aquilo que vejo!

Só eu e uma fotografia. O que faço? Olho atentamente? Mesmo que não fosse essa a minha intenção já me vejo obrigada a divagar sobre ela... Observo curiosamente...vejo textura...quase consigo senti-la. De repente é uma janela que ganha vida, são as sombras que me transportam para uma certa altura do dia e é a ausência de cor que ajuda a acentuar as sensações provocadas pela composição. Fico então à espera de que algo aconteça ou surja por detrás dela, no meio da escuridão. Uns segundos...e nada, uns minutos...e nada. Seriam precisas umas horas para que algo se transformasse? Não seria tarefa difícil, porque já tenho o olhar fixo. Hmmm...mas chega-me aquilo que vejo!




Foto por Rafael Pires Leite

08 novembro, 2007

De vez em quando.


Gosto de me sentar a ouvir o silêncio que o Universo proporciona. Tudo o que está à volta é esquecido e torna-se mais fácil penetrar num mundo interior só meu. Embrenho-me em pensamentos que não me levam a lugar nenhum, mas que são agradáveis de pensar. Ocupo o tempo com nada...apenas o vazio. A dor é esquecida e a felicidade ganha outra forma de ser sentida. Os sentidos deixam de existir, porque neste pedaço de inconsciente não preciso de ver ou ouvir ou cheirar ou saborear. O corpo é elevado e levado a um nível superior, mas o esforço é nulo... Os pés não tocam o chão e o lugar habitado já não é o mesmo. O hediondo passa a não existir e tudo é mais fácil de suportar. Em poucos instantes, minutos que o tempo vai contando, o que era já não é e tudo se transforma, de uma forma que não tem que ser compreendida. O importante é o que acontece e não a razão porque acontece. Assim, o inconsciente dá lugar a uma consciência muito mais leve e simples de suportar. Um momento que à
há pouco era só meu, passa a dizer respeito ao todo que me rodeia. Num ápice, todos os órgãos sensoriais tomam a sua função e a preocupação já faz sentido...era importante que todos se embrenhassem de vez em quando.

11 julho, 2007

Acerca dela!


A vida é estranha.
Hmmmm...estou cansada de falar acerca dela!

26 abril, 2007

Ausência

Quando eu não te tinha Amava a Natureza como um monge calmo a Cristo. Agora amo a Natureza Como um monge calmo à Virgem Maria, Religiosamente, a meu modo, como dantes, Mas de outra maneira mais comovida e próxima ... Vejo melhor os rios quando vou contigo Pelos campos até à beira dos rios; Sentado a teu lado reparando nas nuvens Reparo nelas melhor — Tu não me tiraste a Natureza ... Tu mudaste a Natureza ... Trouxeste-me a Natureza para o pé de mim, Por tu existires vejo-a melhor, mas a mesma, Por tu me amares, amo-a do mesmo modo, mas mais, Por tu me escolheres para te ter e te amar, Os meus olhos fitaram-na mais demoradamente Sobre todas as cousas. Não me arrependo do que fui outrora Porque ainda o sou.

(Alberto Caeiro)


A ausência faz-nos dar valor à presença e a presença mostra-nos, sem dúvida, o que em tempos fora ausência
.


24 janeiro, 2007

À roda, à roda, à roda com a vida!

Foto por Rafael Pires Leite


Não se sentem constantemente enjoados? Sim, eu sei que é uma pergunta meio estranha,mas se pensarem bem e lerem isto até ao fim vão dar-me concerteza razão!

É que tenho andado a pensar que viver é uma coisa engraçada, cheia de momentos bons e maus, que no fim de contas também são benéficos para nós, porque aprendemos com eles!E não, nunca me vou cansar de dizer isto...

Quando venho aqui e me lembro de rever o que já escrevi apercebo-me que a vida, sim , a vida é o assunto central...De facto, a cada dia que passa vou descobrindo mundo novos, e velhos também, prontinhos a serem explorados por nós!Haverá coisa melhor do que isto? Sinceramente, adoro quando as pessoas me deixam olhar-lhes nos olhos e entrar pelo mundo delas, conhecê-las, influencia-las e ser influenciada por elas! A cada passo que dou, a cada porção de chão que piso, a cada volta do mundo que se faz notar, vou me sentido feliz, não por ter experienciado só momentos agradáveis,mas por sentir que não estou parada, que vivo e, acima de tudo, vejo os outros viverem também!...E é bom, é bom sentir que a vida não pára e que andamos numa roda viva. Daí a pergunta inicial!...Não é um enjoo mau ( se é que isso é possivel!), é um enjoo que nos faz sentir vivos, com os pés assentes na terra sempre em movimento!

Agora pensem lá...É natural sentirmo-nos enjoados!Afinal de contas andamos à roda, à roda, à roda com a vida!